segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Um aliado por R$420 mil

Resumo

A matéria de autoria de Andrei Meireles e Rodrigo Rangel publicada na revista ÉPOCA de 20 de outubro de 2008 mostra uma situação que em um país de “1º mundo”, causaria um escândalo capaz de inviabilizar candidaturas, e até mesmo decretar a morte política dos envolvidos. A revista teve acesso a vídeos onde assessores, empresários e políticos ligados ao governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, contrataram na semana passada o PRTB, um pequeno partido de aluguel, para trocar de candidato no segundo turno da eleição para a prefeitura de Cuiabá.
O PRTB, que no primeiro turno apoiara a candidatura de Wilson Santos (PSDS), cobrou cerca de R$ 1,5 milhão para mudar de posição.
A negociação começou na manhã de quinta-feira 9, na casa de Marcionei Curvo, suplente de vereador. O vídeo mostra ainda, a presença do deputado federal Homero Pereira (PR) e do secretário estadual de Planejamento, Yênes Magalhães. A proposta aos compradores foi feita pelo secretário-geral do PRTB, Pedro Moura, mas como não houve acordo, novo encontro foi marcado desta vez com a participação do próprio candidato do PR Mauro Mendes.

Esse novo encontro também foi gravado por um dos participantes, e mostra como foi à reunião em uma das empresas de Mauro Mendes. No início tímida, depois de modo escancarado, discutiu se quanto, em dinheiro, valeria o apoio.
Um impasse ocorreu quando uns se recusavam a pagar mais de R$400mil e outros a receber menos de R$500mil, mas o acordo foi fechado quando o deputado Homero prometeu mais R$20 mil “do próprio bolso”.
Em entrevista a ÉPOCA, Mauro Mendes nega ter negociado com pra de votos, e acusa seu adversário, Wilson Santos de ter armado o flagrante. O governador Blairo Maggi não quis se pronunciar.


Análise Crítica

A reportagem nos mostra de maneira inequívoca, que além de corrupção generalizada, temos outro problema muito sério que só poderá ser resolvido com a tão propalada reforma política.
O problema é que a tal reforma, só pode ser feita justamente por quem mais se beneficia das leis atuais, ou seja, os próprios políticos.
Assim, os pequenos partidos, também conhecidos como “partidos de aluguel”, ainda terão grande longevidade, uma vez que podem beneficiar políticos da estirpe de Mauro Mendes e outors.

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