sábado, 27 de setembro de 2008

Consórcio interestadual do crime

Resumo


A matéria jornalística de autoria de Ana Cláudia Costa, Antônio Werneck e Dicier de Mello e Souza intitulada “Consórcio Interestadual do Crime”, publicada no “Globo” de 26/09/08, mostra como um consórcio formado por 29 policiais federais, civis e militares do Rio e de São Paulo, acusados de associação com empresários da máfia dos combustíveis Sul Fluminense, foi desarticulada pela polícia federal (PF), na denominada Operação Resplendor.
Segundo as investigações, o “consórcio” cobrava dos empresários, propina de R$50 mil mensais, para fazer vistas grossas às operações da quadrilha que sonegava impostos e adulterava combustíveis. O produto era transportado de São Paulo e Minas para o Rio de Janeiro, com notas frias.
A PF descobriu que o chefe da quadrilha era o agente federal Sérgio Vinícius de Oliveira, o “Síndico”, que operava todo o esquema, controlando tanto a parte dos policiais civis e militares, como as operações dos empresários da máfia dos combustíveis.
A fraude pode ter causado, em dois anos, um rombo superior a R$10 milhões na arrecadação de impostos.
A prisão do empresário Ricardo Jorge Barbosa, durante a Operação Resplendor, levou ao início de uma investigação que pode levar ao poderoso cartel de cocaína do Vale do Norte, na Colômbia.

Reflexão Crítica

A matéria deixa claro que o vírus da corrupção está disseminado em todas as áreas e instituições.
Tal vírus pode e deve ser combatido de todas as formas, e todos os infectados punidos com todo o rigor, para que não se tornem exemplo para ninguém.
Se as divulgações de tais fatos nos envergonham, e devem envergonhar mesmo, por outro lado devemos nos orgulhar dos órgãos que estão cortando a própria carne para cumprir e fazer cumprir a lei.
A corrupção, tema recorrente em todas as mídias, além de causar rombos fenomenais na arrecadação de impostos, como visto acima, causa também desemprego, fome, aumento da violência em geral e consumo e tráfico de drogas dentre outras mazelas.
A corrupção deve ser combatida também com educação de qualidade, não apenas com a educação formal, mas também com incentivo a prática de esportes por exemplo.
A luta contra a corrupção é dever de todos os cidadãos, e não apenas das autoridades constituídas.

Resenha do cap. I

SUKART, Herbert Lowe. Ética&Corrupção
São Paulo: Nobel, 2003

Resenha do capítulo I

Herbert Lowe Stukart tem 70 anos de experiência prática, trabalhando no Laboratório Roussel em Paris, no Sarsa no Rio de Janeiro, depois como diretor-superintendente da Klabin teve o privilégio de coordenar por 25 anos a equipe de compras e da gestão de estoque.
Estudou Direito na Universidade de Viena, Administração na Harvard Business School em Boston, Economia no Institut d’Études Economiques de Paris, e formou-se como Certified Purchasing Manager (CPM) em Nova York.
No ano de 1989, em Haia, foi agraciado, com a medalha Garner Themoin, equivalente ao Prêmio Nobel, para os que labutam em “Material Managment”, pela Federação Internacional de Compras e Administração de Material. Participou da Cruzada contra a corrupção, sob a égide do Almirante Lúcio Meira, além de dar aulas na Fundação Getúlio Vargas e ter conduzido seminários e proferido palestras sobre o tema no Brasil, América do Norte e Europa. É também, autor de “Negociar” e “Lucro” através da administração de material.

Neste capítulo o autor faz uma abordagem da ética sob os aspectos filosóficos e religiosos. Afirma que o ser Humano é agressivo por natureza, e que tal agressividade foi e ainda é em certos aspectos considerada uma virtude, pois ainda hoje afirmamos que “a vida é uma luta”, e que apreciamos quem “ataca” um problema. Em seguida procura demonstrar que ética e moral não são sinônimos, pois a ética seria o princípio que rege aplicações específicas nos diferentes campos, como o profissional, público e privado, enquanto a moral seria a regra para um comportamento adequado, conforme os costumes que devem ser definidos pela ética.

Aborda a origem da ética afirmando que todas as religiões pregam um código de ética prescrito por Deus, e que até os filósofos desvinculados de qualquer religião professam uma ética divina. Outras “fontes” de nascimento da ética são citadas, como a reciprocidade e a intuição.

Através de um quadro criado pelo professor Robert Solomon, mostra a evolução da ética, segundo o qual os princípios da ética seriam diferentes em cada estágio como o Darwinismo, Maquiavelismo, Conformidade, Autoridade, Participação Democrática e Integridade e Justiça.

Relaciona ética religiosa e racional ponderando que uma influenciou a outra, e que se misturam com freqüência, e também que a ética nos é passada sob o cunho religioso. Em seguida afirma que a ética se separou da religião, tornando-se parte da Filosofia, mas que ainda assim não há um breviário universal para o correto comportamento do Homem, devido à enorme diversidade de opiniões filosóficas sobre a ética.

Em seguida é feito um resumo de religiões asiáticas e monoteístas tais como: Hinduísmo, Budismo, Confucionismo, Mosaísmo, Cristianismo e Islamismo. O capítulo é encerrado com referências aos filósofos gregos ou não desde a antiguidade até a contemporaneidade.

O capítulo é muito rico em informações consistentes, pois o autor na maioria das vezes embasa suas afirmações em legados de personagens históricos e de instituições como a Igreja seja ela qual for, mas comete o deslize de ele mesmo se apegar em demasiado a religião para deixar implícito que o Homem não pode e não deve viver sem ética. Chega a afirmar que a ética é única como a geometria ou a física. Isso fica bem claro quando afirma que ateístas e agnósticos correm sério risco de terem um vácuo de valores e normas.

A matéria jornalística tem plena relação com o livro Ética&Corrupção, pois, retrata o caso de um ex-líder estudantil que indo contra tudo o que pregou, quando fazia o papel de "mocinho", se deixou levar pela ganância e pela sedução do poder. Sedução esta que o levou a usar os métodos mais sórdidos para se manter no poder. Assim, o "mocinho" que tanto lutou para o impeachman do então presidente Frenando Collor, passou a corromper e permitir que outros corruptos agissem livremente.

domingo, 14 de setembro de 2008

Os esquemas do ex-líder estudantil

Os esquemas do ex-líder estudantil
Resumo

A matéria de autoria de Mino Pedrosa, publicada no dia 14/05/08 pela revista "ISTO É", revela que Lindberg Farias, prefeito de Nova Iguaçu, está enfrentando graves denúncias de corrupção feitas pela ex-secretária de recursos humanos Lídia Cristina Esteves, que o acusa de montar um esquema na prefeitura, para se manter no poder.
Fitas de vídeo e gravações com ex-assessores revelam como o esquema do ex-presidente da UNE e atual prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, pagava propina a funcionários, dá cargos e dinheiro a vereadores em troca de apoio político, e conduz licitações viciadas. Além disso, várias ações suspeitas estão sendo investigadas pelos Ministérios Público Federal, Estadual, e também pelo Ministério do Trabalho.
Um dos casos mais graves ocorreu na área de Educação, onde a secretária de educação de Nova Iguaçu foi denunciada pelo Ministério Público Estadual por suposta licitação superfaturada, para compra de merenda escolar. Tal denúncia provocou o afastamento da secretária de educação, a vereadora Marli de Freitas, e do presidente da comissão de licitaçaõ da prefeitura, Jaime Orlando.

Reflexão crítica

A matéria publicada pela revista "ISTO É", no dia 14/05/08, de autoria de Mino Pedrosa, nos remete ao extremo da indignação, e nos faz também refletir sobre os princípios éticos e morais daqueles que se dizem nossos representantes, e nesse caso em particular a indignação se torna ainda maior, pelo fato do protagonista já ter atuado como "mocinho" em 1992, quando como prfesidente da UNE, liderou os chamados "caras-pintadas" que pediam o impeachment do presedente Fernando Collor.
A deterioração na esfera política, ainda se apresenta como um forte malefício que deve ser combatido de forma contundente por toda a sociedade.
A corrupção é algo mais grave que interesses de partidos, ela é uma questão social e de Estado, que está incrustada na política brasileira. Deve ser combatida com a necessária firmeza, amplidão e profundidade. Porém os esforços envidados pelas autoridades, ainda não conseguiram absorver a massa de Operadores do Estado e da sociedade imersos em privilégios, uso dos bens públicos em benefício próprio, dentre outras maracutaias, sob o manto do passaporte para a delinqüência, chamado "privilégio" de foro.