segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Resenha dos capítulos IV e V

No capítulo IV, o autor diz que a família, a escola e a igreja, podem defender a ética, faz menção à criança, afirmando o quanto é importante para sua formação ética, o controle, orientação e cobrança dos pais, pois a criança aprende a ter consciência do bem, e mede o valor da norma com liberdade.
Na página 92, faz uma correlação entre “não matarás” e “todo homem tem direito a vida”, indagando se nos Dez Mandamentos a 1ª fosse trocada pela 2ª, o mandamento teria a mesma consistência.
Ao “falar” sobre exemplos para a juventude, traça paralelos entre prêmio e suborno, contas imprecisas e corrupção e aético e antiético.
Citando a mídia, diz ser de extrema importância a divulgação de casos de corrupção, e a punição quando houver.
Citando as federações da indústria e do comércio, afirma que as empresas só maximizarão seus resultados se os seus três ramos (empresários, empregados e usuários), forem satisfeitos, e que os empresários não devem usar nenhum meio ilícito para conseguí-lo.
No capítulo V, afirma que a ética deve ser praticada constantemente até se tornar natural a sua prática e condenável a sua não observância, e também que não existe uma maneira certa de fazer a coisa errada.

Cita as recompensas pela conduta ética:

Consciência limpa, sem remorsos
Paz de espírito e vida harmoniosa
Nome respeitável para nós e nossos filhos
Honra e apreciação pela sociedade
Contribuição para a pátria e futuro de nossos filhos
Maior facilidade para suportar as vicissitudes da vida
Nossa sede espiritual saciada
Auto-realização e auto-suficiência, sem carências

Mais uma vez, o autor comete alguns equívocos, como por exemplo, ao afirmar que os jovens de hoje são mais egoístas que os jovens dos tempos em que “a família era um só bloco e os divórcios mais raros”. Ora, além de totalmente preconceituosa, essa afirmativa esbarra no fato de que os divórcios só serem mais raros naquela época, pelo fato dos divorciados de então, serem perseguidos pela igreja e por pseudo-moralistas.

A correlação da matéria jornalística com a resenha está inequivocamente demonstrada no capítulo V, quando o autor afirma que tanto a mídia quanto os legisladores podem ajudar a ética. A mídia, ao divulgar todos os casos aos quais tiver acesso, e os legisladores, ao promoverem a moral e a ética.





Um aliado por R$420 mil

Resumo

A matéria de autoria de Andrei Meireles e Rodrigo Rangel publicada na revista ÉPOCA de 20 de outubro de 2008 mostra uma situação que em um país de “1º mundo”, causaria um escândalo capaz de inviabilizar candidaturas, e até mesmo decretar a morte política dos envolvidos. A revista teve acesso a vídeos onde assessores, empresários e políticos ligados ao governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, contrataram na semana passada o PRTB, um pequeno partido de aluguel, para trocar de candidato no segundo turno da eleição para a prefeitura de Cuiabá.
O PRTB, que no primeiro turno apoiara a candidatura de Wilson Santos (PSDS), cobrou cerca de R$ 1,5 milhão para mudar de posição.
A negociação começou na manhã de quinta-feira 9, na casa de Marcionei Curvo, suplente de vereador. O vídeo mostra ainda, a presença do deputado federal Homero Pereira (PR) e do secretário estadual de Planejamento, Yênes Magalhães. A proposta aos compradores foi feita pelo secretário-geral do PRTB, Pedro Moura, mas como não houve acordo, novo encontro foi marcado desta vez com a participação do próprio candidato do PR Mauro Mendes.

Esse novo encontro também foi gravado por um dos participantes, e mostra como foi à reunião em uma das empresas de Mauro Mendes. No início tímida, depois de modo escancarado, discutiu se quanto, em dinheiro, valeria o apoio.
Um impasse ocorreu quando uns se recusavam a pagar mais de R$400mil e outros a receber menos de R$500mil, mas o acordo foi fechado quando o deputado Homero prometeu mais R$20 mil “do próprio bolso”.
Em entrevista a ÉPOCA, Mauro Mendes nega ter negociado com pra de votos, e acusa seu adversário, Wilson Santos de ter armado o flagrante. O governador Blairo Maggi não quis se pronunciar.


Análise Crítica

A reportagem nos mostra de maneira inequívoca, que além de corrupção generalizada, temos outro problema muito sério que só poderá ser resolvido com a tão propalada reforma política.
O problema é que a tal reforma, só pode ser feita justamente por quem mais se beneficia das leis atuais, ou seja, os próprios políticos.
Assim, os pequenos partidos, também conhecidos como “partidos de aluguel”, ainda terão grande longevidade, uma vez que podem beneficiar políticos da estirpe de Mauro Mendes e outors.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Resenha do Cap. III

O autor inicia o capítulo, dizendo que a ética e os negócios não são contraditórios, mas costumam ficar distantes, e que órgãos como a mídia e os Procons podem forçar os dirigentes das empresas a agirem eticamente.
Afirma também, que a ética no mercado mundial é uma utopia, e que para deixar de sê-lo, as religiões deveriam se tornar pacificadoras, o que seria impossível, pois o ideal ecumênico progride muito pouco.
Em seguida, cita caso de empresas que agiram de forma antiética, como a Monville, a Coroa-Brastel, a Delfin, dentre outras, mas afirma também que nem tudo está perdido, e cita empresas como Reader’s Digest, a Johnson&Johnson, e a Xerox do Brasil dentre outras que tiveram atitudes éticas em várias situações.
Na página 69, reproduz o código de ética da Jonhson&Jonhson, também conhecido como “Credo”, e nas páginas 70 a 72 o código de ética do Itaú.
N a página 73, podemos ver o resultado de uma pesquisa do Instituto de Tecnologia de Illinois com 635 empresas americanas sobre a divulgação de normas éticas.
95% das maiores empresas têm um código de ética já escrito
47% têm programas de treinamento sobre ética
28% têm um comitê ou consultor de ética
O autor afirma que uma empresa precisa ter responsabilidade ética em relação à justiça, proteção ao meio ambiente, segurança do produto, tipo de marketing, suborno, etc.
Ao discorrer sobre ética nas compras, o autor cita uma pesquisa da Universidade de Minnesota que demonstrou que 90% dos subornos nas empresas ocorrem no setor de compras. Em seguida, citas códigos de ética de algumas grandes empresas, e os “presentes” mais comumente oferecidos como suborno.
O autor mostra que uma grande diferença entre Brasil e Estados Unidos, no que diz respeito à corrupção, é que lá quando um funcionário de qualquer nível hierárquico é flagrado aceitando suborno, em 58% dos casos é demitido, em 8% dos casos é punido com suspensão sem remuneração, em 17% dos casos é obrigado a devolver o “presente”, e em outros 17% dos casos passa por admoestação.

Mais uma vez o autor usa informações de boas fontes para embasar suas afirmações, mas ainda assim comete deslizes como, por exemplo, ao afirmar que só após as religiões se tornarem pacificadoras será possível uma ética mundial, e ao citar uma encíclica papal que define a ética como a chave para a economia de mercado. Fazemos tal restrição, por entendermos que negócios e religião não formam um conteúdo homogêneo.
Na página 76 o autor pergunta: Alguém duas vezes divorciado pode ser sempre estável na empresa? Para nós, isso beira o ridículo, por ser altamente preconceituoso.
A matéria jornalística está de acordo com o livro escolhido pela equipe, uma vez que relata o caso de uma juíza que não pensou duas vezes quando vislumbrou a possibilidade de obter vantagens indevidas.
Para obter tais vantagens, a juíza tomou decisões judiciais que favoreciam os envolvidos de um esquema fraudulento do qual ela tinha conhecimento. Para manter as decisões favoráveis à quadrilha, a juíza se deixou corromper aceitando propina em forma de imóveis e automóveis.



Juíza negocia imóvel com lobista

Resumo

A matéria de autoria de Ezequiel Fagundes, publicada em 26 de setembro de 2008, revela como a Juíza Ângela Maria de Catão Alves da 11ª Vara Federal de Belo Horizonte, negociou a compra de um apartamento de propriedade do chefe do esquema de desvio de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Paulo Sobrinho de Sá Cruz, o “Paulinho da Status”.
Segundo as gravações, as quais “O TEMPO” teve acesso com exclusividade, a transação só não se concretizou porque a juíza não gostou da fachada do imóvel.
O mal-sucedido negócio foi intermediado pelo ex-gerente da Caixa Econômica Federal (CEF), Francisco de Fátima Sampaio Araújo, apontado pela Polícia Federal como sendo o operador financeiro do esquema que causou rombo de R$200 milhões nas verbas do FPM.
Segundo o relatório da PF, o imóvel está registrado em nome do advogado Valzemir José Duarte, tido como um dos “laranjas” do lobista “Paulinho da Status”. Ângela Catão tem plena consciência de que Francisco de Fátima representa os interesses do lobista Paulo Sobrinho. A investigação aponta ainda, que a magistrada concedeu liminares “automáticas” pela liberação de recursos do FPM retidos no INSS.
Além do apartamento citado, a juíza já havia exigido anteriormente um carro de luxo “modelo completo”.

Análise Crítica

A reportagem publicada pelo jornal “O TEMPO”, com autoria de Ezequiel Fagundes, balizada em relatório da Polícia Federal, é mais uma que mostra de forma inequívoca como o crime organizado está corrompendo cada vez mais nossas instituições.
A matéria mostra que os corruptos freqüentam os mais variados níveis hierárquicos, o que significa dizer que não há ligação entre corrupção e escolaridade, a não ser é claro, que quanto maior a escolaridade, maior a propina exigida. Assim, é de fundamental importância punir os “tubarões”, para que os “peixes pequenos” também pensem um pouco mais antes de aventurarem.
Visto que o problema não é apenas falta de educação, o que podemos fazer é não poupar nem, mesmo nossos amigos, pois se deixarmos de denunciar um corrupto e/ou um corruptor em nome da amizade, não mais poderemos nos queixar ou ficar perplexos com seja lá qual for a falcatrua.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Resenha do Cap. II

Neste capítulo denominado Falta de Ética e Corrupção, o autor afirma que corrupção é a violação dos padrões éticos de uma comunidade, e que ela é constatada quando as intenções egoístas prejudicam alguém, e cita Dante, que afirmou: “Corrupção e falta de ética é a situação em que o não se torna sim por dinheiro” ale de Benedito Ferri de Barros em: “O que determina se uma nação pertence ao 3º mundo é a corrupção pública”, e Peter Bauer que afirma: “Subdesenvolvidos são os países cujo regime político é a cleptocracia, o roubo do público pela classe política”.
É dado um famoso e triste exemplo de corrupção ocorrido na noite de 31 de dezembro de 1998, quando o barco Bateau Mouche IV foi impedido de sair da Baía de Guanabara, porque o mar estava muito agitado. Com uma propina de US$120, o barco foi liberado para o mar aberto, naufragou e causou a morte de 55 pessoas.

No subcapítulo “Oferendas”, traça um paralelo entre oferenda e suborno, afirmando que a linha divisória é muito tênue, e nos lembra que no Brasil raramente alguém é punido por corrupção.

No subcapítulo “Corrupção planejada”, cita alguns exemplos como:
Uso indevido de papéis e carimbos oficiais.
Cartas de recomendação sem fundamento.
Mordomias
Faturas falsas
Desvio de verbas.

No subcapítulo “O Brasil visto por estrangeiros”, afirma que na Europa o Brasil é comparado a Nigéria, que se noticia por lá que US$30 bi da nossa dívida externa foram desviados do patrimônio público, e que americanos e europeus reconhecem ter seus corruptos, mas que a diferença é que por aqui raramente há punição.

No subcapítulo “A antiética no Brasil vista por nós”, cita vários casos de corrupção, como o caso de um hospital que pagou sete vezes mais o valor de um equipamento.

No subcapítulo “Corrupção nos dias atuais”, é citada uma pesquisa entre 600 executivos com o seguinte resultado:
47% das empresas acreditam que a corrupção é um hábito nacional.
32% acreditam ser um fator de sobrevivência.
11,5% que é causada por excesso de controles.
6,6% acreditam que a corrupção se mantém, por ser muito fácil subornar.

Neste capítulo o autor aborda a corrupção em vários países, mas comete o deslize de não dizer, por exemplo, que aqui no Brasil muito tem sido feito no combate a corrupção. Claro ainda há muito que fazer muito que punir, mas apenas mostrar feridas é pouco produtivo.

A matéria jornalística “Consórcio interestadual do crime”, nos remete a resenha acima, por confirmar tudo que nela é dito, senão vejamos: Policiais federais, civis e militares, dos quais se esperava comportamento exemplar, se deixaram levar por dinheiro fácil (situação em que o não se torna sim por dinheiro). Empresários pagavam cerca de R$50 mil por mês para sonegar impostos e comercializar combustíveis adulterados (corrupção planejada).

sábado, 27 de setembro de 2008

Consórcio interestadual do crime

Resumo


A matéria jornalística de autoria de Ana Cláudia Costa, Antônio Werneck e Dicier de Mello e Souza intitulada “Consórcio Interestadual do Crime”, publicada no “Globo” de 26/09/08, mostra como um consórcio formado por 29 policiais federais, civis e militares do Rio e de São Paulo, acusados de associação com empresários da máfia dos combustíveis Sul Fluminense, foi desarticulada pela polícia federal (PF), na denominada Operação Resplendor.
Segundo as investigações, o “consórcio” cobrava dos empresários, propina de R$50 mil mensais, para fazer vistas grossas às operações da quadrilha que sonegava impostos e adulterava combustíveis. O produto era transportado de São Paulo e Minas para o Rio de Janeiro, com notas frias.
A PF descobriu que o chefe da quadrilha era o agente federal Sérgio Vinícius de Oliveira, o “Síndico”, que operava todo o esquema, controlando tanto a parte dos policiais civis e militares, como as operações dos empresários da máfia dos combustíveis.
A fraude pode ter causado, em dois anos, um rombo superior a R$10 milhões na arrecadação de impostos.
A prisão do empresário Ricardo Jorge Barbosa, durante a Operação Resplendor, levou ao início de uma investigação que pode levar ao poderoso cartel de cocaína do Vale do Norte, na Colômbia.

Reflexão Crítica

A matéria deixa claro que o vírus da corrupção está disseminado em todas as áreas e instituições.
Tal vírus pode e deve ser combatido de todas as formas, e todos os infectados punidos com todo o rigor, para que não se tornem exemplo para ninguém.
Se as divulgações de tais fatos nos envergonham, e devem envergonhar mesmo, por outro lado devemos nos orgulhar dos órgãos que estão cortando a própria carne para cumprir e fazer cumprir a lei.
A corrupção, tema recorrente em todas as mídias, além de causar rombos fenomenais na arrecadação de impostos, como visto acima, causa também desemprego, fome, aumento da violência em geral e consumo e tráfico de drogas dentre outras mazelas.
A corrupção deve ser combatida também com educação de qualidade, não apenas com a educação formal, mas também com incentivo a prática de esportes por exemplo.
A luta contra a corrupção é dever de todos os cidadãos, e não apenas das autoridades constituídas.

Resenha do cap. I

SUKART, Herbert Lowe. Ética&Corrupção
São Paulo: Nobel, 2003

Resenha do capítulo I

Herbert Lowe Stukart tem 70 anos de experiência prática, trabalhando no Laboratório Roussel em Paris, no Sarsa no Rio de Janeiro, depois como diretor-superintendente da Klabin teve o privilégio de coordenar por 25 anos a equipe de compras e da gestão de estoque.
Estudou Direito na Universidade de Viena, Administração na Harvard Business School em Boston, Economia no Institut d’Études Economiques de Paris, e formou-se como Certified Purchasing Manager (CPM) em Nova York.
No ano de 1989, em Haia, foi agraciado, com a medalha Garner Themoin, equivalente ao Prêmio Nobel, para os que labutam em “Material Managment”, pela Federação Internacional de Compras e Administração de Material. Participou da Cruzada contra a corrupção, sob a égide do Almirante Lúcio Meira, além de dar aulas na Fundação Getúlio Vargas e ter conduzido seminários e proferido palestras sobre o tema no Brasil, América do Norte e Europa. É também, autor de “Negociar” e “Lucro” através da administração de material.

Neste capítulo o autor faz uma abordagem da ética sob os aspectos filosóficos e religiosos. Afirma que o ser Humano é agressivo por natureza, e que tal agressividade foi e ainda é em certos aspectos considerada uma virtude, pois ainda hoje afirmamos que “a vida é uma luta”, e que apreciamos quem “ataca” um problema. Em seguida procura demonstrar que ética e moral não são sinônimos, pois a ética seria o princípio que rege aplicações específicas nos diferentes campos, como o profissional, público e privado, enquanto a moral seria a regra para um comportamento adequado, conforme os costumes que devem ser definidos pela ética.

Aborda a origem da ética afirmando que todas as religiões pregam um código de ética prescrito por Deus, e que até os filósofos desvinculados de qualquer religião professam uma ética divina. Outras “fontes” de nascimento da ética são citadas, como a reciprocidade e a intuição.

Através de um quadro criado pelo professor Robert Solomon, mostra a evolução da ética, segundo o qual os princípios da ética seriam diferentes em cada estágio como o Darwinismo, Maquiavelismo, Conformidade, Autoridade, Participação Democrática e Integridade e Justiça.

Relaciona ética religiosa e racional ponderando que uma influenciou a outra, e que se misturam com freqüência, e também que a ética nos é passada sob o cunho religioso. Em seguida afirma que a ética se separou da religião, tornando-se parte da Filosofia, mas que ainda assim não há um breviário universal para o correto comportamento do Homem, devido à enorme diversidade de opiniões filosóficas sobre a ética.

Em seguida é feito um resumo de religiões asiáticas e monoteístas tais como: Hinduísmo, Budismo, Confucionismo, Mosaísmo, Cristianismo e Islamismo. O capítulo é encerrado com referências aos filósofos gregos ou não desde a antiguidade até a contemporaneidade.

O capítulo é muito rico em informações consistentes, pois o autor na maioria das vezes embasa suas afirmações em legados de personagens históricos e de instituições como a Igreja seja ela qual for, mas comete o deslize de ele mesmo se apegar em demasiado a religião para deixar implícito que o Homem não pode e não deve viver sem ética. Chega a afirmar que a ética é única como a geometria ou a física. Isso fica bem claro quando afirma que ateístas e agnósticos correm sério risco de terem um vácuo de valores e normas.

A matéria jornalística tem plena relação com o livro Ética&Corrupção, pois, retrata o caso de um ex-líder estudantil que indo contra tudo o que pregou, quando fazia o papel de "mocinho", se deixou levar pela ganância e pela sedução do poder. Sedução esta que o levou a usar os métodos mais sórdidos para se manter no poder. Assim, o "mocinho" que tanto lutou para o impeachman do então presidente Frenando Collor, passou a corromper e permitir que outros corruptos agissem livremente.

domingo, 14 de setembro de 2008

Os esquemas do ex-líder estudantil

Os esquemas do ex-líder estudantil
Resumo

A matéria de autoria de Mino Pedrosa, publicada no dia 14/05/08 pela revista "ISTO É", revela que Lindberg Farias, prefeito de Nova Iguaçu, está enfrentando graves denúncias de corrupção feitas pela ex-secretária de recursos humanos Lídia Cristina Esteves, que o acusa de montar um esquema na prefeitura, para se manter no poder.
Fitas de vídeo e gravações com ex-assessores revelam como o esquema do ex-presidente da UNE e atual prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, pagava propina a funcionários, dá cargos e dinheiro a vereadores em troca de apoio político, e conduz licitações viciadas. Além disso, várias ações suspeitas estão sendo investigadas pelos Ministérios Público Federal, Estadual, e também pelo Ministério do Trabalho.
Um dos casos mais graves ocorreu na área de Educação, onde a secretária de educação de Nova Iguaçu foi denunciada pelo Ministério Público Estadual por suposta licitação superfaturada, para compra de merenda escolar. Tal denúncia provocou o afastamento da secretária de educação, a vereadora Marli de Freitas, e do presidente da comissão de licitaçaõ da prefeitura, Jaime Orlando.

Reflexão crítica

A matéria publicada pela revista "ISTO É", no dia 14/05/08, de autoria de Mino Pedrosa, nos remete ao extremo da indignação, e nos faz também refletir sobre os princípios éticos e morais daqueles que se dizem nossos representantes, e nesse caso em particular a indignação se torna ainda maior, pelo fato do protagonista já ter atuado como "mocinho" em 1992, quando como prfesidente da UNE, liderou os chamados "caras-pintadas" que pediam o impeachment do presedente Fernando Collor.
A deterioração na esfera política, ainda se apresenta como um forte malefício que deve ser combatido de forma contundente por toda a sociedade.
A corrupção é algo mais grave que interesses de partidos, ela é uma questão social e de Estado, que está incrustada na política brasileira. Deve ser combatida com a necessária firmeza, amplidão e profundidade. Porém os esforços envidados pelas autoridades, ainda não conseguiram absorver a massa de Operadores do Estado e da sociedade imersos em privilégios, uso dos bens públicos em benefício próprio, dentre outras maracutaias, sob o manto do passaporte para a delinqüência, chamado "privilégio" de foro.

sábado, 17 de maio de 2008

" O banquete de Paulinho"


O banquete de Paulinho ( Resumo)

Polícia Federal investiga esquema de desvios da Força Sindical


A Força Sindical está no epicentro de um escândalo que envolve a participação direta de seus líderes em casos de corrupção, desvio de dinheiro público, tráfico de influência e enriquecimento ilícito. As investigações da Polícia Federal sobre o esquema de fraude no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), desmontado recentemente na Operação Santa Tereza – apontam para desvios bilionários de dinheiro do Ministério do Trabalho cometidos pela central sindical.
Depois de prender duas das principais lideranças da central, o lobista João Pedro Moura e o advogado Ricardo Tosto – acusados de cobrar propina para liberar empréstimos no BNDES –, os policiais suspeitam que o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, ex-presidente da Força e filiado ao PDT, pode ter recebido parte do butim. As investigações da PF, no entanto, vão mais além. Começão a demonstrar que , hoje, Força e PDT são duas organizações siamesas também no plano financeiro. O próximo passo é revelar como essa perigosa simbiose tomou conta do Ministério do Trabalho, pasta que hoje está fatiada entre políticos do PDT e sindicalistas da Força sob o controle do mesmo grupo acusado de rapinar linhas de crédito do BNDES.

Análise Crítica
A matéria de autoria de Ronaldo França publicada na revista "Veja" de 21/05/2008, mostra a promiscuidade de alguns dirigentes sindicais com o poder, empresários, dinheiro e políticos. Mais uma vez caracteriza-se a falta de ética, moral e honestidade daqueles que deveriam zelar pelo bem público. A reportagem é crítica, elucidativa e encontra-se em consonância com outras publicações. Quanto a sua relação com a administração, podemos afirmar categóricamente que o gestor público deve se pautar no trinômio da ética, honestidade e moralidade, para que a corrupção não encontre terreno fértil para sua proliferação.




sábado, 3 de maio de 2008

Operação Santa Tereza

Operação Santa Tereza (Resumo)

A matéria publicada no jornal “O GLOBO” de 02/05/2008 e assinada por Ricardo Galhardo, relata a Operação Santa Tereza deflagrada pela Polícia Federal (PF) EM 24/04/2008, que prendeu dez pessoas acusadas de desviar recursos do BNDES. Entre elas está Ricardo Tosco, integrante do Conselho de Administração do BNDES, um sindicalista, um coronel reformado da PM, servidores públicos e empresários.
Para lavar o dinheiro obtido como comissão ao influenciar a liberação de recursos para empresas privadas e públicas, era usado um prostíbulo na capital paulista.
Foram constatados pelo menos duas liberações de verbas públicas onde o esquema foi utilizado: Uma de R$130 milhões para a prefeitura de Praia Grande (SP), e outra de R$220 milhões para uma rede de lojas de varejo.
É bastante provável a participação de políticos no esquema, mas como eles têm direito a foro especial, a PF teria que pedir autorização ao STF antes de investigá-los.
A PF apurou que a quadrilha recebia entre e 3% e 4% do valor da verba liberada.


Operação Santa Tereza (Análise Crítica)

Balizado em relatório da Polícia Federal (PF) a matéria de autoria de Ricardo Galhardo veiculada no dia 02 /05/2008, no jornal “O Globo”, retrata de forma elucidativa e imparcial sobre a fraude ocorrida no BNDES. A matéria em tela está relacionada intrinsecamente com o curso de administração, uma vez que, em todos os escândalos que lesam os cofres públicos, há sempre um gestor que é o mentor intelectual ou que se deixa corromper.
Tais fatos nos levam a seguinte indagação: A corrupção de tantos gestores públicos se deve à certeza da impunidade, à vulnerabilidade das leis, a falta de índole, ou as nomeações que não obedecem a um caráter técnico e sim político?

sábado, 19 de abril de 2008

Operação Pasárgada (Análise Crítica)

Publicada na “Tribuna de Minas” na edição de 10/04/08, a matéria intitulada “Operação Pasárgada’, relata uma Operação de mesmo nome realizada pela Polícia Federal, onde 51 pessoas foram presas”. Entre elas está o prefeito de Juiz de Fora Carlos Alberto Bejani, com o qual foi encontrado mais de R$1 milhão além de armas e veículos.
O posicionamento da “Tribuna” é imparcial, pois se atém aos fatos ou as informações obtidas junto a PF, sem em nenhum momento fazer juízo do mérito, mas é também elucidativo, pois expõe os fatos de maneira clara, com mapas, quadros e fotos com detalhes cronológicos.
A matéria além de muito bem elaborada, é convergente com outras matérias sobre o mesmo tema, vide matéria de “O Globo” de 10/01/08 e JF Hoje da mesma data.
A matéria é de fundamental importância para a Administração, pelo fato de mais uma vez mostrar a corrupção nos órgãos públicos, com o envolvimento de gestores que ao invés de zelar pela coisa pública, faz dela uma forma de enriquecimento ilícito.

Operação Pasárgada (Resumo)

Em mais uma operação, desta vez denominada “Operação Pasárgada”, a Polícia Federal (PF), prendeu 51 pessoas por suposto envolvimento em fraude para liberação irregular do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Após oito meses de investigação, a Operação deflagrada em Minas, Bahia e Distrito Federal, contou com a participação de cerca de 500 policiais. As investigações revelaram que juízes, advogados. Procuradores municipais, assessores, lobistas e prefeitos participavam de um esquema de contratação de escritórios de advocacia, sem licitação, que ofereciam vantagens a juízes e servidores da Justiça para obtenção de decisões favoráveis. Depois, 6% dos honorários eram divididos com os prefeitos que haviam feito à contratação. Ainda segundo a PF, com a sentença a verba federal era repassada a municípios em débito com o INSS.
Os envolvidos são acusados de desviar R$200 milhões dos cofres públicos, que deveriam ser destinados, principalmente à saúde e à educação. Os prefeitos presos pela PF são: Paulo Ernesto Peçanha da Silva (DEM-Itabela) e Gilberto Balbino (PR-Sobradinho), ambos na Bahia, além de Alberto Bejani (PTB-Juiz de Fora), Geraldo nascimento (PT-Timóteo), Ademar José da Silva (PSDB-Vespasiano), Claudemir Carter (PT do B-Rubim), Carlos Novaes (PDT-Almenara), Walter Tanure Filho, (DEM-Medina), José Henrique Gomes Xavier (PR-Minas Novas), José Eustáquio Ribeiro Pinto (DEM-Cachoeira da Prata), César de Almeida Barros (PT-Conselheiro Lafaiete), Demétrius Arantes Pereira (PSC-Divinópolis), Edson Said Rezende (DEM-Ervália), José Eduardo Peixoto (PSDB - Salto da Divisa), Jeremias Venâncio (PTB-Tapira), José Natalino Torres (PFL-Itambacuri), todos de Minas.
Na residência, e na Fazenda Liberdade de propriedade de Carlos Aberto Bejani, foram encontrados e apreendidos R$1.120.390,00, além de armas e veículos, sendo que uma das armas é de uso exclusivo da PF.

sábado, 5 de abril de 2008

Ação em família (Análise crítica)

Veiculada no dia 12/03/2008 na revista "Isto É" , a matéria assinada por Rudolfo Lago, denuncia que ONGs ligadas à deputada Sandra Rosado, envolvida no escândalo dos sanguessugas, receberam do governo mais de R$12 milhões em sete anos.
A matéria é imparcial e elucidativa, por se balizar em informações da CPI das ONGs. É também convergente, pois está em consonância com outras matérias relativas ao tema.
Em relação a administração, a matéria está relacionada sim, pois como sabemos o gestor público deve antes de mais nada zelar pelo(s) ben(s) que lhe forem confiados, e isso inclui prevenir a corrupção, que na maioria dos dicionários é definida como declínio, devassidão e indecência. A corrupção envolve um incômodo tipo de decadência moral, além de ser mais nefasta por contribuir com a perpetuação da miséria e da criminalidade. Permitida, a corrupção sobrepõem interesses pessoais aos coletivos onde o bem comum da lugar ao enriquecimento ilícito de uns poucos em detrimento da evolução de muitos.

Ação em família (Resumo)

A matéria de Rudolfo Lago publicada na revista Isto É em 12/03/2008, demonstra que duas instituições (Fundação Vingt Rosado e a Associação de Proteção à Maternidade e à Infância), criadas pelo ex-deputado Laire Rosado, marido da deputada Sandra Rosado e pai de Larissa Rosado, que foi casada com Francisco de Andrade da Silva Filho que é presidente das instituições supracitadas, receberam emendas do orçamento apresentadas por Sandra e Laire Rosado, e estão sendo investigadas pelo Ministério Público(MP) e pelo Tribunal de Contas da União, por irregularidades na prestação de contas, e por envolvimento com o esquema dos sanguessugas.
O cruzamento de informações mostra que o ordenador da despesa e o destinatário são a mesma pessoa, ou pessoas próximas a ela, e que além disso há desvio de dinheiro público.
Além das relações pessoais e de parentesco, outro dado comum entre os envolvidos é que todos são alvo de investigação do MP ou do TCU, sendo que há um bloqueio dos bens de vários dos envolvidos.
Procurada pela revista, a deputada confirmou que ela e o marido destinaram emendas às duas instituições, mas rejeitou as denúncias de desvio de dinheiro público.
De 2000 a 2007, as duas ONGs receberam R$ 12,08 milhões do Ministério da Saúde.
De 2002 para cá, o nascimento dessas organizações (ONGs e Oscips), cresceu em 1.180%, sendo que de 1999 a 2006, receberam do governo R$32 bilhões.

sábado, 22 de março de 2008

A quadrilha do "pagou isentou" (Análise crítica)

Análise Crítica
A reportagem publicada pelo jornal “O Globo” no dia 14/03/2008, de autoria de Jaílton de Carvalho e Evandro Éboli, retrata de forma elucidativa de como foram efetuadas as prisões de seis pessoas envolvidas num esquema de corrupção no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). A matéria em foco nos faz refletir sobre os valores morais e éticos da sociedade a qual vivemos atualmente onde os princípios morais e os valores éticos têm se tornado cada vez mais raros, principalmente no que diz respeito à administração de verbas públicas e/ou privadas.A matéria também nos faz repensar sobre o quanto está fragilizado o atual sistema de certificação conferida as entidades, uma vez que, não existe uma transparência para a efetivação dos mesmos.
A matéria dos autores apresenta uma linha convergente com outras matérias que aborda o mesmo tema, entre as quais podemos destacar a publicação da matéria “Uma reação a pilantropia” publicada pela revista época em 14/03/2008 na edição número 513. Assim sendo, pode-se perceber que a reportagem foi balizada nos relatórios da polícia federal, portanto, a mesma apresenta-se de forma imparcial, atendo-se somente aos fatos relatados nos relatórios.
A correlação entre a matéria publicada e a sua importância para a administração, deve-se ao fato de que o gestor deve se pautar pelos princípios da responsabilidade, da ética e também da moralidade. Porém, como podemos observar nesta e em outras matérias, existe um paradoxo, ou seja: aqueles designados para gerir o bem público, têm se aproveitado da fragilidade do sistema de fiscalização para obterem vantagens pessoais.

"A quadrilha do "pagou, isentou" (Resumo)

A quadrilha do “pagou, isentou”
Autores: Jaílton de Carvalho e Evandro Éboli
Veículo: Jornal “O Globo” de 14/03/2008
Após quatro anos de investigação, a Polícia Federal pediu a prisão de 16 pessoas que estariam envolvidas num esquema de corrupção no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), mas a Justiça Federal indeferiu o pedido de dez, assim, seis pessoas foram presas. São elas: Euclides da Silva Machado - atual suplente de conselheiro, tendo sido conselheiro nos anos de 2004 e 2005; Márcio José Ferreira - conselheiro desde 2006; Luiz Vicente Vieira Dutra - advogado de entidades; Andréa Schramm Morais - secretária de Luiz Vicente Dutra e Ricardo Vianna Rocha - advogado de entidades. O atual presidente do CNAS, Sílvio Iung, que, apesar de não ter sido detido, por indeferimento da Justiça Federal, teve sua residência e seu gabinete revistado pela Polícia Federal, pois o mesmo é tido como suposto cúmplice da quadrilha. A quadrilha é acusada de fraudar concessão de títulos de entidade filantrópica e, assim, facilitar o desvio de milhões em verbas federais em isenção de impostos. Entre os principais crimes atribuídos ao grupo, estão: corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, tráfico de influência e formação de quadrilha. A matéria deixa claro que o atual sistema de certificação de entidade filantrópica, deixa margem para que pessoas não idôneas cometam os mais variados crimes sem serem facilmente detectados, a não ser que haja uma denúncia conforme ocorreu nesse episódio.

sexta-feira, 14 de março de 2008

"As provas da operação navalha" (reflexão crítica)

A matéria denominada "As provas da operação navalha", assinada por Hugo Marques e publicada em 27/02/08, na revista "Isto É", apresenta-se de forma imparcial, visto que a mesma se balizou em relatório da Divisão de Inteligência da Polícia Federal. A matéria é apresentada de forma elucidativa mostrando passo-a-passo como ocorreram as supostas irregularidades no contrato entre o Ministério das Minas e Energia e a construtora Gautama.
Em relação a importância do tema para a administração, podemos dizer que é de suma importância para o administrador, visto que, o mesmo deve estar atento para evitar quaisquer irregularidades que possam vir a ocorrer, seja no âmbito público ou não.
Dessa forma podemos observar que há uma intrínseca relação entre a matéria publicada pela revista "Isto É", e a administração, pois nos leva a refletir sobre a dimensão e a responsabilidade ética e social dos gestores.

segunda-feira, 10 de março de 2008

As provas da Operação Navalha (Resumo)

A matéria de Hugo Marques balizada em relatório da Divisão de Inteligência da Polícia Federal, relata supostas irregularidades em contrato público entre o Ministério das Minas e Energia e a construtora Gautama. Tal relatório em forma de diagrama, mostra as conexões que levam a um suposto pagamento de R$120 mil ao ex-ministro das Minas e Energia Silas Rondeau, para que as obras do Programa Luz Para Todos no Piauí, fossem entregues a Gautama.
Além do ex-ministro, outros personagens foram citados, como o governador do Piauí, Wellington Dias, o presidente interino da Eletrobrás, Valter Cardeal, o lobista Sérgio Sá, da Engevix que teria intermediado as negociações entre a Gautama e o Ministério das Minas e Energias, o ex-deputado pernambucano Luiz Piauhylino que teria recebido propina, o deputado José Carlos Araújo, da Bahia, dentre outros.
O diagrama montado pela Divisão de Inteligência da Polícia Federal baseado em escutas telefônicas e em agendas apreendidas durante a operação, mostra de forma clara indícios de irregularidades no contrato entre o Ministério das Minas e Energia e a construtora Gautama.

domingo, 9 de março de 2008

Apresentação

Este blog tem por objetivo abrir espaço para discuções relativas ao tema "Corrupção", seja em âmbito público ou não.
Será atualizado quinzenalmente com matérias públicadas nas diversas mídias, não se prendendo a um veículo específico, evitando assim seguir uma determinada visão.
Todas e quaisquer colaborações, mesmo que em forma de crítica serão muito bem aceitas pelo grupo.