quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Resenha do Cap. II

Neste capítulo denominado Falta de Ética e Corrupção, o autor afirma que corrupção é a violação dos padrões éticos de uma comunidade, e que ela é constatada quando as intenções egoístas prejudicam alguém, e cita Dante, que afirmou: “Corrupção e falta de ética é a situação em que o não se torna sim por dinheiro” ale de Benedito Ferri de Barros em: “O que determina se uma nação pertence ao 3º mundo é a corrupção pública”, e Peter Bauer que afirma: “Subdesenvolvidos são os países cujo regime político é a cleptocracia, o roubo do público pela classe política”.
É dado um famoso e triste exemplo de corrupção ocorrido na noite de 31 de dezembro de 1998, quando o barco Bateau Mouche IV foi impedido de sair da Baía de Guanabara, porque o mar estava muito agitado. Com uma propina de US$120, o barco foi liberado para o mar aberto, naufragou e causou a morte de 55 pessoas.

No subcapítulo “Oferendas”, traça um paralelo entre oferenda e suborno, afirmando que a linha divisória é muito tênue, e nos lembra que no Brasil raramente alguém é punido por corrupção.

No subcapítulo “Corrupção planejada”, cita alguns exemplos como:
Uso indevido de papéis e carimbos oficiais.
Cartas de recomendação sem fundamento.
Mordomias
Faturas falsas
Desvio de verbas.

No subcapítulo “O Brasil visto por estrangeiros”, afirma que na Europa o Brasil é comparado a Nigéria, que se noticia por lá que US$30 bi da nossa dívida externa foram desviados do patrimônio público, e que americanos e europeus reconhecem ter seus corruptos, mas que a diferença é que por aqui raramente há punição.

No subcapítulo “A antiética no Brasil vista por nós”, cita vários casos de corrupção, como o caso de um hospital que pagou sete vezes mais o valor de um equipamento.

No subcapítulo “Corrupção nos dias atuais”, é citada uma pesquisa entre 600 executivos com o seguinte resultado:
47% das empresas acreditam que a corrupção é um hábito nacional.
32% acreditam ser um fator de sobrevivência.
11,5% que é causada por excesso de controles.
6,6% acreditam que a corrupção se mantém, por ser muito fácil subornar.

Neste capítulo o autor aborda a corrupção em vários países, mas comete o deslize de não dizer, por exemplo, que aqui no Brasil muito tem sido feito no combate a corrupção. Claro ainda há muito que fazer muito que punir, mas apenas mostrar feridas é pouco produtivo.

A matéria jornalística “Consórcio interestadual do crime”, nos remete a resenha acima, por confirmar tudo que nela é dito, senão vejamos: Policiais federais, civis e militares, dos quais se esperava comportamento exemplar, se deixaram levar por dinheiro fácil (situação em que o não se torna sim por dinheiro). Empresários pagavam cerca de R$50 mil por mês para sonegar impostos e comercializar combustíveis adulterados (corrupção planejada).

Nenhum comentário: