segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Resenha dos capítulos IV e V

No capítulo IV, o autor diz que a família, a escola e a igreja, podem defender a ética, faz menção à criança, afirmando o quanto é importante para sua formação ética, o controle, orientação e cobrança dos pais, pois a criança aprende a ter consciência do bem, e mede o valor da norma com liberdade.
Na página 92, faz uma correlação entre “não matarás” e “todo homem tem direito a vida”, indagando se nos Dez Mandamentos a 1ª fosse trocada pela 2ª, o mandamento teria a mesma consistência.
Ao “falar” sobre exemplos para a juventude, traça paralelos entre prêmio e suborno, contas imprecisas e corrupção e aético e antiético.
Citando a mídia, diz ser de extrema importância a divulgação de casos de corrupção, e a punição quando houver.
Citando as federações da indústria e do comércio, afirma que as empresas só maximizarão seus resultados se os seus três ramos (empresários, empregados e usuários), forem satisfeitos, e que os empresários não devem usar nenhum meio ilícito para conseguí-lo.
No capítulo V, afirma que a ética deve ser praticada constantemente até se tornar natural a sua prática e condenável a sua não observância, e também que não existe uma maneira certa de fazer a coisa errada.

Cita as recompensas pela conduta ética:

Consciência limpa, sem remorsos
Paz de espírito e vida harmoniosa
Nome respeitável para nós e nossos filhos
Honra e apreciação pela sociedade
Contribuição para a pátria e futuro de nossos filhos
Maior facilidade para suportar as vicissitudes da vida
Nossa sede espiritual saciada
Auto-realização e auto-suficiência, sem carências

Mais uma vez, o autor comete alguns equívocos, como por exemplo, ao afirmar que os jovens de hoje são mais egoístas que os jovens dos tempos em que “a família era um só bloco e os divórcios mais raros”. Ora, além de totalmente preconceituosa, essa afirmativa esbarra no fato de que os divórcios só serem mais raros naquela época, pelo fato dos divorciados de então, serem perseguidos pela igreja e por pseudo-moralistas.

A correlação da matéria jornalística com a resenha está inequivocamente demonstrada no capítulo V, quando o autor afirma que tanto a mídia quanto os legisladores podem ajudar a ética. A mídia, ao divulgar todos os casos aos quais tiver acesso, e os legisladores, ao promoverem a moral e a ética.





Um aliado por R$420 mil

Resumo

A matéria de autoria de Andrei Meireles e Rodrigo Rangel publicada na revista ÉPOCA de 20 de outubro de 2008 mostra uma situação que em um país de “1º mundo”, causaria um escândalo capaz de inviabilizar candidaturas, e até mesmo decretar a morte política dos envolvidos. A revista teve acesso a vídeos onde assessores, empresários e políticos ligados ao governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, contrataram na semana passada o PRTB, um pequeno partido de aluguel, para trocar de candidato no segundo turno da eleição para a prefeitura de Cuiabá.
O PRTB, que no primeiro turno apoiara a candidatura de Wilson Santos (PSDS), cobrou cerca de R$ 1,5 milhão para mudar de posição.
A negociação começou na manhã de quinta-feira 9, na casa de Marcionei Curvo, suplente de vereador. O vídeo mostra ainda, a presença do deputado federal Homero Pereira (PR) e do secretário estadual de Planejamento, Yênes Magalhães. A proposta aos compradores foi feita pelo secretário-geral do PRTB, Pedro Moura, mas como não houve acordo, novo encontro foi marcado desta vez com a participação do próprio candidato do PR Mauro Mendes.

Esse novo encontro também foi gravado por um dos participantes, e mostra como foi à reunião em uma das empresas de Mauro Mendes. No início tímida, depois de modo escancarado, discutiu se quanto, em dinheiro, valeria o apoio.
Um impasse ocorreu quando uns se recusavam a pagar mais de R$400mil e outros a receber menos de R$500mil, mas o acordo foi fechado quando o deputado Homero prometeu mais R$20 mil “do próprio bolso”.
Em entrevista a ÉPOCA, Mauro Mendes nega ter negociado com pra de votos, e acusa seu adversário, Wilson Santos de ter armado o flagrante. O governador Blairo Maggi não quis se pronunciar.


Análise Crítica

A reportagem nos mostra de maneira inequívoca, que além de corrupção generalizada, temos outro problema muito sério que só poderá ser resolvido com a tão propalada reforma política.
O problema é que a tal reforma, só pode ser feita justamente por quem mais se beneficia das leis atuais, ou seja, os próprios políticos.
Assim, os pequenos partidos, também conhecidos como “partidos de aluguel”, ainda terão grande longevidade, uma vez que podem beneficiar políticos da estirpe de Mauro Mendes e outors.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Resenha do Cap. III

O autor inicia o capítulo, dizendo que a ética e os negócios não são contraditórios, mas costumam ficar distantes, e que órgãos como a mídia e os Procons podem forçar os dirigentes das empresas a agirem eticamente.
Afirma também, que a ética no mercado mundial é uma utopia, e que para deixar de sê-lo, as religiões deveriam se tornar pacificadoras, o que seria impossível, pois o ideal ecumênico progride muito pouco.
Em seguida, cita caso de empresas que agiram de forma antiética, como a Monville, a Coroa-Brastel, a Delfin, dentre outras, mas afirma também que nem tudo está perdido, e cita empresas como Reader’s Digest, a Johnson&Johnson, e a Xerox do Brasil dentre outras que tiveram atitudes éticas em várias situações.
Na página 69, reproduz o código de ética da Jonhson&Jonhson, também conhecido como “Credo”, e nas páginas 70 a 72 o código de ética do Itaú.
N a página 73, podemos ver o resultado de uma pesquisa do Instituto de Tecnologia de Illinois com 635 empresas americanas sobre a divulgação de normas éticas.
95% das maiores empresas têm um código de ética já escrito
47% têm programas de treinamento sobre ética
28% têm um comitê ou consultor de ética
O autor afirma que uma empresa precisa ter responsabilidade ética em relação à justiça, proteção ao meio ambiente, segurança do produto, tipo de marketing, suborno, etc.
Ao discorrer sobre ética nas compras, o autor cita uma pesquisa da Universidade de Minnesota que demonstrou que 90% dos subornos nas empresas ocorrem no setor de compras. Em seguida, citas códigos de ética de algumas grandes empresas, e os “presentes” mais comumente oferecidos como suborno.
O autor mostra que uma grande diferença entre Brasil e Estados Unidos, no que diz respeito à corrupção, é que lá quando um funcionário de qualquer nível hierárquico é flagrado aceitando suborno, em 58% dos casos é demitido, em 8% dos casos é punido com suspensão sem remuneração, em 17% dos casos é obrigado a devolver o “presente”, e em outros 17% dos casos passa por admoestação.

Mais uma vez o autor usa informações de boas fontes para embasar suas afirmações, mas ainda assim comete deslizes como, por exemplo, ao afirmar que só após as religiões se tornarem pacificadoras será possível uma ética mundial, e ao citar uma encíclica papal que define a ética como a chave para a economia de mercado. Fazemos tal restrição, por entendermos que negócios e religião não formam um conteúdo homogêneo.
Na página 76 o autor pergunta: Alguém duas vezes divorciado pode ser sempre estável na empresa? Para nós, isso beira o ridículo, por ser altamente preconceituoso.
A matéria jornalística está de acordo com o livro escolhido pela equipe, uma vez que relata o caso de uma juíza que não pensou duas vezes quando vislumbrou a possibilidade de obter vantagens indevidas.
Para obter tais vantagens, a juíza tomou decisões judiciais que favoreciam os envolvidos de um esquema fraudulento do qual ela tinha conhecimento. Para manter as decisões favoráveis à quadrilha, a juíza se deixou corromper aceitando propina em forma de imóveis e automóveis.



Juíza negocia imóvel com lobista

Resumo

A matéria de autoria de Ezequiel Fagundes, publicada em 26 de setembro de 2008, revela como a Juíza Ângela Maria de Catão Alves da 11ª Vara Federal de Belo Horizonte, negociou a compra de um apartamento de propriedade do chefe do esquema de desvio de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Paulo Sobrinho de Sá Cruz, o “Paulinho da Status”.
Segundo as gravações, as quais “O TEMPO” teve acesso com exclusividade, a transação só não se concretizou porque a juíza não gostou da fachada do imóvel.
O mal-sucedido negócio foi intermediado pelo ex-gerente da Caixa Econômica Federal (CEF), Francisco de Fátima Sampaio Araújo, apontado pela Polícia Federal como sendo o operador financeiro do esquema que causou rombo de R$200 milhões nas verbas do FPM.
Segundo o relatório da PF, o imóvel está registrado em nome do advogado Valzemir José Duarte, tido como um dos “laranjas” do lobista “Paulinho da Status”. Ângela Catão tem plena consciência de que Francisco de Fátima representa os interesses do lobista Paulo Sobrinho. A investigação aponta ainda, que a magistrada concedeu liminares “automáticas” pela liberação de recursos do FPM retidos no INSS.
Além do apartamento citado, a juíza já havia exigido anteriormente um carro de luxo “modelo completo”.

Análise Crítica

A reportagem publicada pelo jornal “O TEMPO”, com autoria de Ezequiel Fagundes, balizada em relatório da Polícia Federal, é mais uma que mostra de forma inequívoca como o crime organizado está corrompendo cada vez mais nossas instituições.
A matéria mostra que os corruptos freqüentam os mais variados níveis hierárquicos, o que significa dizer que não há ligação entre corrupção e escolaridade, a não ser é claro, que quanto maior a escolaridade, maior a propina exigida. Assim, é de fundamental importância punir os “tubarões”, para que os “peixes pequenos” também pensem um pouco mais antes de aventurarem.
Visto que o problema não é apenas falta de educação, o que podemos fazer é não poupar nem, mesmo nossos amigos, pois se deixarmos de denunciar um corrupto e/ou um corruptor em nome da amizade, não mais poderemos nos queixar ou ficar perplexos com seja lá qual for a falcatrua.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Resenha do Cap. II

Neste capítulo denominado Falta de Ética e Corrupção, o autor afirma que corrupção é a violação dos padrões éticos de uma comunidade, e que ela é constatada quando as intenções egoístas prejudicam alguém, e cita Dante, que afirmou: “Corrupção e falta de ética é a situação em que o não se torna sim por dinheiro” ale de Benedito Ferri de Barros em: “O que determina se uma nação pertence ao 3º mundo é a corrupção pública”, e Peter Bauer que afirma: “Subdesenvolvidos são os países cujo regime político é a cleptocracia, o roubo do público pela classe política”.
É dado um famoso e triste exemplo de corrupção ocorrido na noite de 31 de dezembro de 1998, quando o barco Bateau Mouche IV foi impedido de sair da Baía de Guanabara, porque o mar estava muito agitado. Com uma propina de US$120, o barco foi liberado para o mar aberto, naufragou e causou a morte de 55 pessoas.

No subcapítulo “Oferendas”, traça um paralelo entre oferenda e suborno, afirmando que a linha divisória é muito tênue, e nos lembra que no Brasil raramente alguém é punido por corrupção.

No subcapítulo “Corrupção planejada”, cita alguns exemplos como:
Uso indevido de papéis e carimbos oficiais.
Cartas de recomendação sem fundamento.
Mordomias
Faturas falsas
Desvio de verbas.

No subcapítulo “O Brasil visto por estrangeiros”, afirma que na Europa o Brasil é comparado a Nigéria, que se noticia por lá que US$30 bi da nossa dívida externa foram desviados do patrimônio público, e que americanos e europeus reconhecem ter seus corruptos, mas que a diferença é que por aqui raramente há punição.

No subcapítulo “A antiética no Brasil vista por nós”, cita vários casos de corrupção, como o caso de um hospital que pagou sete vezes mais o valor de um equipamento.

No subcapítulo “Corrupção nos dias atuais”, é citada uma pesquisa entre 600 executivos com o seguinte resultado:
47% das empresas acreditam que a corrupção é um hábito nacional.
32% acreditam ser um fator de sobrevivência.
11,5% que é causada por excesso de controles.
6,6% acreditam que a corrupção se mantém, por ser muito fácil subornar.

Neste capítulo o autor aborda a corrupção em vários países, mas comete o deslize de não dizer, por exemplo, que aqui no Brasil muito tem sido feito no combate a corrupção. Claro ainda há muito que fazer muito que punir, mas apenas mostrar feridas é pouco produtivo.

A matéria jornalística “Consórcio interestadual do crime”, nos remete a resenha acima, por confirmar tudo que nela é dito, senão vejamos: Policiais federais, civis e militares, dos quais se esperava comportamento exemplar, se deixaram levar por dinheiro fácil (situação em que o não se torna sim por dinheiro). Empresários pagavam cerca de R$50 mil por mês para sonegar impostos e comercializar combustíveis adulterados (corrupção planejada).